Segunda-feira, 28 de Fevereiro de 2005
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Emile Claus, A meeting on a bridge
De Anónimo a 1 de Março de 2005 às 17:14
Já não existe o rural como o descreves. Hoje vive-se de olhos postos no urbano...em tudo. E a competição existe de forma muito marcada no rural tal como acontece no urbano. A única diferença é que os vizinhos dizem bons-dias uns aos outros...há uma certa forma de estar que está em vias de extinção.stela
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(mailto:...@sapo.pt)
De Anónimo a 1 de Março de 2005 às 13:13
«Nem sequer existe controle colectivo», no rural? Penso que é onde o controle colectivo é mais apertado, onde as relações sociais estão mais dependentes dos contextos de lugar e dos regimes de propriedade e das estruturas de parentesco. Mas concordo em absoluto com «O mundo é um animal furioso no campo e na cidade». E o «animal» somos nós (támbém) que o fazemos, não achas? :) São as condições de vida e de competição em que nos vemos obrigados a viver.demur
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(mailto:demur@aeiou.pt)
De Anónimo a 28 de Fevereiro de 2005 às 16:36
O rural não é um mito para quem vive a interioridade e o abandono dos campos. É uma realidade bem dura. Nem sequer existe controle colectivo.
Essa ideia que tens é idealizada, lida em contos de infância em que brincar na quinta com os animaizinhos, sem entender a dureza da vida no campo, é simplesmente amorável. Tretas. O mundo é um animal furioso no campo e na cidade. É preciso olhar para lá da nossa bitola idealista. ( e há quem pinte pontes urbanas…)
stela
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(mailto:...@sapo.pt)
De Anónimo a 28 de Fevereiro de 2005 às 10:06
queres tu dizer que uma margem de um rio é definida pela outra :) e que a ponte é uma possibilidade de diálogo, não é? Esta gravura é, ainda, a transmissão de uma serenidade (porventura mais idealizada que realizada) entre os sociossistemas e os ecossistemas. O rural é esse mito da integração da natureza, como no urbano que, hoje, valoriza os espaços públicos e os 'corredores ecológicos'. A questao é... que territórios nos identificam? Onde nos sentimos bem? Que imagens representam, para o nosso olhar, a ideia de paisagem e a ideia da(s) natureza(s)? No mito rural não existem animais ferozes nem selvagens e, se existem, devem ser obviamente abatidos (a desgraça do lobo não é essa?). :) Não vejo nas pinturas dos ambientes campestres a natureza feroz dos animais nem o conflito entre interesses sociais: um mundo harmonioso (mas por que as pessoas não têm rosto nem singularidade?). Controlo colectivo: é isto a aldeia (não quer dizer que o contrário seja óptimo ou signifique maior liberdade). Mas quem pintará uma ponte urbana? :) Também no urbano existe a necessidade de diálogo e de religação.demur
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(mailto:demur@aeiou.pt)
De Anónimo a 28 de Fevereiro de 2005 às 08:44
Falar sem falar, escrever sem leitor, ausência de diálogo, presença de diálogo.Sem vocês que dialogam comigo não faz sentido escrever.stela
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