Quarta-feira, 1 de Março de 2006
O som da clareira 28
A escuridão dos passos suspende a luz.
Avança-se sem rumo, sempre sem rumo .
No percurso o olhar ausenta-se.
Instala-se o desnorte.
Depois vêm os momentos de silêncio.
Escutam-se as notas que ecoam na memória.
Miseráveis e esperançosos repousamos.
Dedilham-se metáforas
Incendeiam-se os fragmentos
Fazemos romper raízes.
De Anónimo a 3 de Março de 2006 às 12:57
Não há mal algum na co-dependência dos relacionamentos, intrinsecamente baseados em outros pulsares afectivos e na descoberta do outro. A expressão 'dependência' está, contudo, viciada de forma semântica, mas desde que nascemos (e ainda antes) somos co-dependentes, pois não podemos deixar de nos socializar (mesmo as maneiras como a religião ou o transcendente é experimentado, até sob diversas formas de clausura que, quanto a mim, são a negação do elo religioso de 'religar', tem muito de socialmente aprendido e sufragado pelos hábitos. Ser só é, assim, um hábito como pregar moralidades). Somos por natureza seres produtores de cultura e de procura de laços de amizade e de cooperação: não há co-dependência mais bela ou mais humanamente esplêndida.demur
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(mailto:demur@aeiou.pt)
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