Um dia o velho Rato de água deitou a cabeça de fora do seu buraco. Tinha uns olhitos como contas, muito vivos, bigodes rijos e cinszentos. A cauda parecia um pedaço comprido de borracha preta. Os patinhos nadavam no lago e pareciam um bando de canários amarelos; a mãe, que era muito branca, com pernas encarnadas, procurava ensiná-los a porem-se de pé, com as cabecitas debaixo de água.
Oscar Wilde, O Amigo dedicado