Depois de um curto e intenso Verão veio novamente a chuva. Foi com tristeza que esvaziei a piscina. Agora que o sol voltou inclemente olho a piscina esvaziada e penso nos mergulhos alegres de outros anos. Anos há em que a água no meu corpo produz a satisfação e felicidade das coisas simples: o trabalho concluído, a alegria e satisfação do dever cumprido, a leveza dos dias de verão em que os horários se esbatem e acabam por desaparecer. Este ano a piscina vazia.
Penso no longo ano de luta e não reajo. Penso nas conquistas feitas, nos planos que se adiaram, nos planos que não tiverem resposta e…este ano a piscina vazia. Vazia. Vazia.
O sol inclemente e eu a caminhar de olhos fechados, sem alívio, sem ternura, sem sorriso.
E tantos motivos para encher a piscina. E eu esvaziada.