Quarta-feira, 27 de Agosto de 2008
Em casa um caminho imenso
Rocha, areão, zimbro neve e sol abrasador. De manhã levanta-se a névoa baixa e o sol a pino expulsa os últimos resquícios da madrugada gélida. Cruamente a paisagem verde e cinzenta é banhada pelo sol inclemente que aquece e derrete o mais afoito. O dia caminha para o seu zénite e os relvões são inundados pelos insectos, gafanhotos, formigas, poucas moscas. Da rocha nua sai refrescante a cascata gélida que lentamente forma um ribeiro que escava o solo pedregoso. Mais baixo uma parca camada de solo origina prados e solos pouco férteis, demasiado imaturos para uma plantação luxuriante. Ainda assim, vão despontando na paisagem, esboços de bosques e florestas, adaptados à crueza dos elementos, aproveitado cantos abrigados, vertentes mais soalheiras. E durante a noite, a proximidade do céu dá mais brilho às estrelas ofuscando o transeunte que caminha curvado na imensidão. É esta a minha serra, a da Estrela.
Terça-feira, 19 de Agosto de 2008
Há sempre um (re)início em cada Primavera
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Clouds
As temperatura correm amenas, em anemas cavaqueiras com sol e chuva. A praia apetece durante o dia mas à noite puxamos o endredon. Uma primavera suave, uma alegre cavaqueira, risos e silêncios.
Paulatinamente reencontramos os lugares de trabalho que nos pareceram distantes. Lentamente, o vento sopra mais ligeiro e empurra as nuvens para cima do monte. Este ano vou aguardar o Natal com um sorriso nos lábios. Vai-me fazer bem.