Quarta-feira, 28 de Maio de 2008
Sorrisos cristalinos 9
A tensão dos músculos. O sorriso escape. O cigarro. O cigarro. Fuga. Neura. O tempo que teima em não aquecer. O cérebro que reage como autómato. O silêncio do esforço, o silêncio que relaxa, o silencio que acalma. Poupas que voam no espaço e o espaço tão azul. O sol pelos interstícios das nuvens. Verdes, verdes. Onde? Porquê verdes? O amarelos das giestas a invadir as bermas das estradas. O carro, o fumo, a gasolina que sobe e eu que nem dou por isso. O ritmo, o ritmo dos passos. As vozes longínquas, ausentes, distantes. Ouvem? Foi a policia que passou e não me viu, eu tão metida comigo, tão ausente, tão distante. Os sorrisos, o imprevisto, a disciplina e alguém que corre feliz em direcção à piscina. Hoje, a lenda da moura que Cá Ria.
Domingo, 18 de Maio de 2008
Sorrisos cristalinos 8
O tempo atropela-se e os dias de sol sucedem a dias de chuva num ritmo vertiginoso. As nuvens acumulam-se pelo lado nascente e quando nos dirigimos a nascente as nuvens voaram já para poente. A sul o sol brilha suavemente e logo se esconde coberto por castelos fofos de algodão. Nunca percebi porque razão a cor das nuvens muda para chumbo em dia de tormenta nem nunca percebi porque razão o azoto invade o ar nos dias de trovoada. Teria de estudar os ciclos geoquímicos para perceber a movimentação de gases na atmosfera e entender porque razão a troposfera nos faz girar. E teria de estudar o voo das aves para entender porque razão as andorinhas parecem ter desaparecido depois de terem arribado. Nem sei porque razão uma poupa veio habitar um buraco da parede junto da minha casa. De repente, deixo de entender a Natureza e tudo se desenrola como num filme de Tarantino: num ritmo alucinante.
Quinta-feira, 15 de Maio de 2008
Sons do vento 36