Sexta-feira, 30 de Novembro de 2007
Discussões 20

Inicio aqui uma revisão de alguns dos meus contos, pois à medida que os vou seleccionando posso revê-los. Alguns destes contos foram publicados em primeiro lugar com o meu nome próprio, e mais tarde sob heterónimo numa revista virtual dirigida por Rui Bebiano e um grupo de Coimbra. Os contos assinados com nome próprio foram publicados num suplemento literário de um jornal também extinto (O Diário), como a revista virtual (Revista de Intervenção e Cultura NON!). Guardo ainda recortes e, no outro caso, um link de acesso (não sei se ainda activo, recuso-me a ir experimentar).

Mas agora publico alguns dos meus contos aqui, revendo-os, e fazendo-me «proprietário» do seu espaço de divulgação. Não faço isto por narcisismo (geralmente considero-me até bastante feio), embora exista vaidade em tudo o que fazemos por prazer - mesmo que a escrita cause, muitas vezes, mais solidão.

 

Espero que gostem dos meus contos! Se não gostarem digam. Ou não digam! 

 

Os meus contos, geralmente, sáo bastante curtos, até por isso próprios para um blogue.

 

Assino-os como a maioria dos contos que assinei:

Adriano Rosa

Contudo, como escrevi alguns contos, há algum tempo atrás (mas mais recentemente), em co-autoria tenho que pedir autorização a quem os escreveu comigo nos casos em que quiser divulgar um conto a duas mãos. Nesses casos, a referência será ou o nome dos autores, ou dos «nicks» à época ou a simples indicação «escrito em co-autoria».

Revelado o heterónimo resta-nos aguardar pelos contos. Entretanto os contos escritos s duas mãos podem seguir assinadas com um novo heterónimo mistura dos dois intervenientes.

publicado por maria anjos castanheira calado às 20:36
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Quinta-feira, 29 de Novembro de 2007
Sons do vento 18

Brel

Le moribond

 

Adieu l'Émile je t'aimais bien
Adieu l'Émile je t'aimais bien tu sais
On a chanté les mêmes vins
On a chanté les mêmes filles
On a chanté les mêmes chagrins
Adieu l'Émile je vais mourir
C'est dur de mourir au printemps tu sais
Mais je pars aux fleurs la paix dans l'âme
Car vu que tu es bon comme du pain blanc
Je sais que tu prendras soin de ma femme
Je veux qu'on rie
Je veux qu'on danse
Je veux qu'on s'amuse comme des fous
Je veux qu'on rie
Je veux qu'on danse
Quand c'est qu'on me mettra dans le trou

Adieu Curé je t'aimais bien
Adieu Curé je t'aimais bien tu sais
On n'était pas du même bord
On n'était pas du même chemin
Mais on cherchait le même port
Adieu Curé je vais mourir
C'est dur de mourir au printemps tu sais
Mais je pars aux fleurs la paix dans l'âme
Car vu que tu étais son confident
Je sais que tu prendras soin de ma femme
Je veux qu'on rie
Je veux qu'on danse
Je veux qu'on s'amuse comme des fous
Je veux qu'on rie
Je veux qu'on danse
Quand c'est qu'on me mettra dans le trou

Adieu l'Antoine je t'aimais pas bien
Adieu l'Antoine je t'aimais pas bien tu sais
J'en crève de crever aujourd'hui
Alors que toi tu es bien vivant
Et même plus solide que l'ennui
Adieu l'Antoine je vais mourir
C'est dur de mourir au printemps tu sais
Mais je pars aux fleurs la paix dans l'âme
Car vu que tu étais son amant
Je sais que tu prendras soin de ma femme
Je veux qu'on rie
Je veux qu'on danse
Je veux qu'on s'amuse comme des fous
Je veux qu'on rie
Je veux qu'on danse
Quand c'est qu'on me mettra dans le trou

Adieu ma femme je t'aimais bien
Adieu ma femme je t'aimais bien tu sais
Mais je prends le train pour le Bon Dieu
Je prends le train qui est avant le tien
Mais on prend tous le train qu'on peut
Adieu ma femme je vais mourir
C'est dur de mourir au printemps tu sais
Mais je pars aux fleurs les yeux fermés ma femme
Car vu que je les ai fermés souvent
Je sais que tu prendras soin de mon âme
Je veux qu'on rie
Je veux qu'on danse
Je veux qu'on s'amuse comme des fous
Je veux qu'on rie
Je veux qu'on danse
Quand c'est qu'on me mettra dans le trou

publicado por maria anjos castanheira calado às 18:52
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Quarta-feira, 28 de Novembro de 2007
Estórias sem borralho 10

-Explico-me. Perante os números desmesuradamente crescente de suicídios, perante os espectáculos hediondos que eles nos davam, formou-se uma sociedade de pura beneficência, protectora dos desesperados, que pôs à sua disposição uma morte calma e sensível, se não imprevista.

 

A adormecedora, Contos do Insólito, Guy de Maupassant

 

Perante os números dos suicídios, alguém sonha com uma sociedade que se prontificará a produzir suicídios de forma agradável. Diz o narrador que tal empresa seria um sucesso sobretudo junto dos obres e classe média.

O caminho da eutanásia pode bem corresponder a este sonho enunciado em pleno sec XIX que prevê a humanização do suicídio. Um caso a considerar quando se pensar em terminar a errância por estes caminhos debaixo do sol.

publicado por maria anjos castanheira calado às 17:55
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Terça-feira, 27 de Novembro de 2007
Poemas para adormecer 31

Magnificat

 

 

 

Quando é que passará esta noite interna, o universo,
E eu, a minha alma, terei o meu dia?
Quando é que despertarei de estar acordado?
Não sei. O sol brilha alto,
Impossível de fitar.
As estrelas pestanejam frio,
Impossíveis de contar.
O coração pulsa alheio,
Impossível de escutar.
Quando é que passará este drama sem teatro,
Ou este teatro sem drama,
E recolherei a casa?
Onde? Como? Quando?
Gato que me fitas com olhos de vida, que tens lá no fundo?
É esse! É esse!
Esse mandará como Josué parar o sol e eu acordarei;
E então será dia.
Sorri, dormindo, minha alma!
Sorri, minha alma, será dia!

 

Álvaro de Campos

publicado por maria anjos castanheira calado às 22:30
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Segunda-feira, 26 de Novembro de 2007
Poemas para adormecer 30

Canção da noite

Dorme
Que estou a teu lado
Dorme sem cuidado
Nã nã nã nã nã

Dorme
Oh, meu anjo lindo
Vai calma dormindo
Nã nã nã nã nã

Sonha
Com noites de lua
Que minh'alma é tua
Quem vela sou eu!

Dorme
Com riso na boca
Que a noite é bem pouca
Nã nã nã nã nã

Dorme
E sonha comigo
Com teu doce amigo
Nã nã nã nã nã



Vinicius de Moraes

in Poesia completa e prosa: "Cancioneiro"

publicado por maria anjos castanheira calado às 23:26
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