Anunciava-se o Verão mais quente da história como é S. Pedro que determina a temperatura este foi o Verão mais fresco que tenho na memória. Não muito longa diga-se que isto de climas é sempre de longo alcance.
Preparei-me fotografando as fontes da Serra congeladas em tempo de Invernia, conforto sempre à mão de semear, qual lareira para agasalhar frios estivais.
Partilhei as belezas da água cristalizadas mas a beleza para ser partilhada tem de ter um nome ou não existe.
Na verdade, este Verão é fresco, não permite o oblívio da dureza do Inverno, convida-nos à reflexão, á memória, á introspecção. E as sinapses devolvem-nos a tranquilidade das chamas da fonte, o cristal perfeito da H2O, a sonolência e o torpor ao fim do dia, a segurança e a leveza de amarmos as nossas coisas. Coisas e pessoas. Ainda.