Há uma cascata ali na Serra que deve congelar quando a neve a submergir.
Ainda assim costuma reaparecer na Primavera.
Hoje apetece-me qualquer coisa de diferente. Uma coisa doce, líquida, que aqueça o coração e o corpo (dizem que amanhã neva!). Um licor, quiçá, um café,…talvez.
Saio de casa e dirijo-me ao café da paróquia:
- Ti M dê-me aí uma jeropiga!
- Mas tens a certeza? Não te apetece um Sumol?
- Aí isso é que não! Saia uma jeropiga!
( Ai, Ambrósio…)
Quando era estudante costumava ir ver filmes, teatros, concertos, bailados, sozinha. O Teatro era logo ali ao virar da esquina e esmeravam-se naquela programação pela variedade e qualidade. Preços acessíveis.
Uma dessas noites fui ver a “Laranja Mecânica” de stanley kubrick. Condicionamento externo bárbaro e resultados positivos. Bizarro, digo eu agora. Como é possível especular que esta máquina que habitamos seja equivalente ao frio do metal desta máquina pela qual agora me lêem? Havia alguém que falava em “algoritmos complexos”para nos explicar. Gosto deste conceito. Somos de facto complexos demais. Possuímos demasiados números imaginários para reagirmos positivamente a condicionamentos externos. Sempre escapamos das malhas que nos querem impor. E o primeiro passo é descobrir o significado de “resiliência”.
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As condições extremas dão-nos exemplos pedagógicos de adaptação a mios hostis. Por exemplo na lebre ou na raposa do árctico podemos observar várias adaptações: pêlo espesso no período mais frio, cores claras, extremidades reduzidas( veja-se a ponta do nariz ou as orelhas diminutas). Se passarmos para o deserto e observar-mos a mesma raposa observamos cores mais escuras e extremidades expandidas para facilitar a libertação do calor excessivo. A meio da tabela vemos variedade qb de situações mas nada de distintivo, nada de realce. Pouco se aprende.
Assim é na situação diária com a vida: adaptamo-nos àquilo que temos a aprendemos a resignação. Resignados mas dignos, dizem.