Domingo, 30 de Outubro de 2005
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Aqui e Ali 9
A Rua da Judiaria nasceu há precisamente dois anos.
Parabéns à Rua da Judiaria e ao seu autor: Nuno Guerreiro!
Quarta-feira, 26 de Outubro de 2005
Olhares
De repente ela chegava, [...] vinha de casa, mesmo ao lado, abria o pequeno portão de ferro, os gonzos chiavam um pouco, mas para Xavier era música, porque era [ela] que chegava. [...] E era um esplendor, uma espécie de eternidade, essas tardes de Julho no tempo devagar, o chá no varandim, o sorriso da tia, a blusa branca de [ela], aquele olhar que só ela, o tempo como para sempre. Mesmo que tudo então dentro dele se desorganizasse e fosse ora um frio ora um fogo, um rio subterrâneo, um arrepio, ou simplesmente o sangue e o espírito do avesso, havia no ar um não sei quê que nunca, nunca mais. Plenitude, essa breve, tão breve eternidade. Olá, dizia [ela].
Ainda deve haver um eco, algures, em Alba. [...]
Manuel Alegre, A terceira rosa
Segunda-feira, 24 de Outubro de 2005
Olhares 181
Entre a disciplina e a permissividade esboça-se uma fronteira ténue. As regras têm de ser negociadas, incorporadas, aceites. O acordo tem de ser explicito e mútuo. A ambiguidade gera desvios que se podem tornar incontroláveis.
No anonimato geram-se tensões curiosas: explora-se um campo que vai para além do socialmente sancionado. Investe-se na ambiguidade. È uma zona de perigo e de evasão. Funciona como um fetiche.
Domingo, 23 de Outubro de 2005
Olhar 180
Rosa Azul
(era um mito; agora é real)