O tempo flui devagar, lentamente, em pequenas gotas. Não há tempo para nada nesta multiplicidade de tarefas que se impõem. Ao mesmo tempo, as gotas soam lentas, um gotejar constante de pequenos silêncios. O cansaço vem então insinuar-se e instala-se definitivamente. Foi um arranque poderoso, intenso, devastador. O tempo para ouvir crescer as plantas do jardim comprimiu-se, dobrou-se sobre si, enregelou.
A respiração, a descompressão, impõe-se agora. Avaliar, observar, reter. Descansar.
De sonhâmbulo a 6 de Dezembro de 2009 às 09:51
urge parar o tempo como um rio que se alarga e desacelera na sua foz e as águas do fundo sobem à superfície soerguidas pelas areias brancas do fundo; as águas e os limos e os restos polidos de antigos naufrágios. E talvez assim nas suas margens nos seja consentido um breve reflexo de nós, um lampejo dos nossos devaneios perdidos, preciosos como conchas e búzios que manuseamos com deleite com os nossos dedos de criança
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